Hoje dediquei a minha tarde a procurar um spot de skate, o Armii Monument - um monumento aos soldados da Segunda Guerra. É incrível como podem existir sítios que nos tocam de uma maneira diferente dos outros todos. De repente, eu já não era mais a turista de máquina fotográfica ao ombro e mapa no bolso. De repente eu estava em casa. Os sons que me são tão familiares, os rapazes de calças justas e camisola larga, os cantinhos cheios de mochilas, casacos e garrafas de água, o "pedra-papel-tesoura", todos eles estavam ali, de novo. De repente a língua deixou de ter importância - o skate é como a matemática, linguagem universal.
Fiquei por ali um bocadinho, a observar de longe. O spot não é muito grande, mas também não há muitos skaters. Na grande maioria é flat, mas tem umas escadas, e um degrauzinho que vai aumentando de tamanho, fixe para quem está a aprender, e, para os mais prós, o monumento oferece uns inclines mais abusados. Como não há curbs, todas as tábuas tinham um ar muito limpinho, cheias de desenhos e autocolantes. Isso também faz com que as manobras técnicas sejam mais perfeitas - quase parece que têm aquele flow dos prós americanos. Depois, lá me atrevi a pedir um skate emprestado, que as pernas já estavam a pedir, e a "pica" já me corria no sangue. Soube como nunca.
Já há muito tempo que não sentia o mundo desta maneira. Como se o meu corpo estivesse em comunhão com o céu e o chão. Escusado será dizer que depois disso parecia estranho ter duas pernas outra vez, que só me apetecia ter ali o meu skate e ficar ali até os músculos gritarem de cansaço, até libertar toda a moleza acumulada pela ausência dos últimos dias.
always the same xD boa sorte rapariga, e vai mantendo este blog em dia, para saber das tuas aventuras :D beijinho grande
ResponderEliminarTinhas que pedir um skate emprestado ! :p
ResponderEliminarna polónia nunca te hás.de perder. há muitas polacas!
ResponderEliminar(vi esta piada num site qualquer e não resisti :D)