Sair de um país é experimentar. Experimentar um novo clima, experimentar novos caminhos, novas pessoas, novos sons, nova arquitectura, nocas cores, novos sabores. E parece que o sítio certo para experimentar novos gostos é a Polónia.
Podia aqui falar da comida típica - dos pierogi, uma espécie de rissol mas sem o pão ralado e cozido em vez de frito, que pode levar lá dentro desde cogumelos e couve, até batata, queijo, ou mirtilos; das bolinhas brancas, cujo nome não me lembro agora, que parecem pão, e que são acompanhadas por um molho à escolha. Podia falar da zapiekanka, uma espécie de baguete gigante com molho de tomate e outros ingredientes, uma pizza manhosa, como o Hardcore lhe chama; ou do rogał, uma espécie de croissant seco, com amêndoas e nozes lá dentro.
Mas não há nada como referir os estranhos hábitos dos polacos, que comem ovos mexidos ao pequeno almoço, que perguntam se queremos algum molho com a nossa pizza (e que boas pizzas aqui se comem, 54 centrímetros de pizza por apenas 8€, é de louvar!), e que comem kapusta como quem se serve de batatas fritas de pacote. E o que é kapusta, estão agora a perguntar? É couve. Uma espécie de couve branca, cortada muito fininha, quase ralada, diria eu. Também têm por hábito comer uma espécie de saladas com pão. Uma espécie de, porque tem vários ingredientes a nadar num molho qualquer, seja de maionese ou de iogurte, não sei bem, e que se vendem no supermercado como se vende a carne ou o queijo - têm compartimentos para diferentes tipos destas "saladas", cujo preço está estabelecido ao kilo.
Por fim, há que referir as coisas banais, do dia-a-dia. Sabores. Sabores que eu nunca antes tinha visto, em objectos tão banais como bolachas, ou chocolates. Sabores como laranja e limão, creme de amendoim, com pedaços de arroz tufado, canela, e outros que ainda estão por provar.... Com jeitinho, para não estragar a linha! Que isto dos sabores que vêm aos kilos nem sempre é muito boa ideia.
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